Cobrança adicional será de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) que a bandeira tarifária amarela será aplicada nas contas de energia elétrica no mês de maio. A medida representa um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos pelos consumidores de todo o país.
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Fim da bandeira verde após cinco meses
Desde dezembro de 2024, os consumidores estavam no regime de bandeira verde, o que significa que não havia cobrança adicional nas contas de luz. No entanto, segundo a Aneel, a redução no volume de chuvas e a transição do período chuvoso para o seco impactaram negativamente as condições de geração de energia no Brasil.
“Com o fim do período chuvoso, a previsão de geração de energia proveniente de hidrelétrica piorou, o que nos próximos meses poderá demandar maior acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara”, explicou a Aneel.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado pela Aneel em 2015 como uma forma de tornar mais transparente para o consumidor os custos variáveis da geração de energia elétrica. Ele é aplicado em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), que abastece residências, comércios e indústrias no país.
As bandeiras são divididas em três cores:
- Verde: sem cobrança adicional
- Amarela: custo extra de R$ 1,885 a cada 100 kWh
- Vermelha: custo extra mais elevado, podendo variar conforme o nível
A mudança de cor da bandeira é determinada mensalmente pela Aneel com base nas condições de geração de energia, como volume de chuvas, nível dos reservatórios e custo de operação das usinas.
Impacto ao consumidor
Com a aplicação da bandeira amarela, os consumidores devem ficar atentos ao consumo consciente de energia para evitar maiores gastos na conta de luz no mês de maio. A medida tem validade para todos os estados conectados ao Sistema Interligado Nacional.
A Aneel reforça que acompanha continuamente as condições hidrológicas e energéticas do país, podendo alterar a bandeira tarifária nos meses seguintes conforme a evolução do cenário.