Primeiro papa latino-americano, ele marcou seu pontificado com reformas, defesa dos pobres e diálogo inter-religioso
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O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, faleceu aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), o primeiro papa sul-americano e também o primeiro jesuíta a ocupar o cargo de líder máximo da Igreja Católica. O pontífice faleceu em sua residência oficial, a Casa Santa Marta, no Vaticano.
O anúncio oficial foi feito pelo cardeal Farrell, que comunicou:
"Caros irmãos e irmãs, é com profundo pesar que me cabe anunciar a morte de Sua Santidade Papa Francisco."
"Às 7:35 desta manhã (hora local, 2:35 de Brasília), o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda sua vida foi dedicada a servir ao Pai e Sua Igreja."
Histórico de saúde e internação
O papa Francisco havia sido internado entre 14 de fevereiro e 23 de março, no hospital Gemelli, em Roma, após apresentar dificuldades respiratórias durante vários dias. Desde então, sua saúde inspirava cuidados, com limitações nas atividades públicas.
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Foto: Vatican News |
Um papado marcado por mudanças
Francisco assumiu o papado em 2013, sucedendo Bento 16, que foi o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos. Ao longo de 12 anos de pontificado, Francisco se destacou por seu estilo pastoral próximo, temas voltados à justiça social, ecologia e acolhimento.
Trajetória de Vida
Filho de imigrantes italianos, Francisco ingressou na Companhia de Jesus (Jesuítas) em 1958 e foi ordenado sacerdote em 1969. Em 1992, foi nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires e, em 1998, tornou-se arcebispo da cidade. Sua nomeação como cardeal ocorreu em 2001, por decisão do Papa João Paulo II.
Após a renúncia de Bento XVI, em um momento histórico para a Igreja Católica, Bergoglio foi eleito 266º Papa em 13 de março de 2013, tornando-se o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo.
Pontificado e Reformas
Desde o início de seu papado, Francisco defendeu uma Igreja mais próxima dos pobres e marginalizados, promovendo reformas estruturais no Vaticano e enfrentando temas como a crise dos abusos sexuais no clero e a transparência financeira da Santa Sé.
Seu pontificado foi marcado por posicionamentos sociais contundentes, como a defesa de imigrantes, o combate à desigualdade social e o diálogo inter-religioso. Em 2015, publicou a encíclica "Laudato Si'", onde destacou a urgência da proteção ambiental e a responsabilidade humana na crise climática.
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Foto: Vatican News |
Problemas de Saúde
Nos últimos anos, o Papa Francisco enfrentou diversos problemas de saúde. Em 2021, passou por uma cirurgia no cólon e, posteriormente, sofreu com dores no joelho, que o levaram a utilizar cadeira de rodas em algumas ocasiões.
Em fevereiro de 2025, foi internado devido a uma infecção respiratória grave, que evoluiu para uma pneumonia bilateral.
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Foto: Vatican News |
Legado e Sucessão
O Papa Francisco será lembrado por por muitos fiéis católicos por sua humildade, sua luta por uma Igreja mais inclusiva e transparente, e seus esforços para modernizar a instituição. Sua liderança trouxe desafios, mas também um novo olhar sobre o papel do Vaticano no mundo contemporâneo.
Início do processo de sucessão
Com o falecimento do papa, inicia-se agora um período de luto oficial e a realização dos ritos fúnebres no Vaticano. Após esses rituais, a Igreja entra no processo de escolha de um novo pontífice.
A eleição papal é conduzida pelo Colégio de Cardeais em um conclave secreto, tradição que remonta à Idade Média. Apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar, e o processo ocorre dentro da Capela Sistina, em Roma.
O mundo aguarda agora o próximo capítulo na liderança da Igreja Católica.